Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo, com a pandemia esse número tem aumentado cada vez mais, associado ao atual momento em que estamos vivendo, o estilo de vida, poucas práticas de atividade física, hábitos alimentares irregulares fazem os número torarem-se ainda mais alarmantes.

 

Meu olhar especialmente pelo Transtorno de Ansiedade iniciou ainda no período acadêmico, quando tive o diagnóstico de TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizado), pela situação que vivi me dediquei a aprender todas as técnicas disponíveis que me ajudaram a passar por essa situação, desde então nunca mais olhei para os pacientes que sofrem com esse transtorno da mesma forma, consegui entender e sentir todos aqueles sintomas que antes só eram conhecidos pelas páginas dos livros do curso de Medicina.

 

Os sintomas desencadeados durante uma crise de ansiedade acontecem devido a uma elevação nos nossos homônios cortisol e adrenalina, que são liberados em altas quantidades no nosso copo devido um fenômeno denominada ‘’Resposta de Luta ou Fuga’’, esse fenômeno leva o desenvolvimento de sintomas sistêmicos, tais como falta de ar, sensação de formigamento e desmaio, há também um aumento da frequência cardíaca, sensação de palpitação e aumento da pressão arterial. Comumente eu recebo no consultório pacientes que foram encaminhados do serviço de Pronto Socorro que deram entrada devido queixas relacionadas a infarto e após exames e analises laboratoriais chegaram ao diagnóstico de Ansiedade.  

A depressão é uma condição relativamente frequente, sedo classificada como o transtorno psiquiátrico mais comum no mundo (segundo a OMS), que pode afetar homens e mulheres, resultando de uma interação entre fatores biológicos, psicológicos, ambientais e genéticos. As implicações e consequências do não tratamento levam a prejuízos na qualidade de vida do paciente, podendo impossibilitá-lo inclusive de realizar as suas atividades habituais, tais como trabalhar e apresenta alto risco para suicídio.

 

Os sintomas mais comuns são:

- Humor deprimido

- Negligência no autocuidado

- Baixa autoesima

- Sentimento de desvalorização

- Sentimento de culpa

- Alteração no sono ( o paciente pode apresentar insônia ou hipersonia)

- Alteração de apetite ( pode estar aumentado ou reduzido)

- Redução do apetite sexual

- Redução na capacidade de concentração

- Pensamentos sobre morte e ideação suicida ou tentativas de suicídio

 

Subtipos:

• Leve: os sintomas são poucos, mas manejáveis; há sofrimento, mas este não incapacita;

• Moderada: os sintomas se encontram em fase intermediária entre leves e graves; afeta parcialmente as funções do indivíduo;

• Grave: há muitos sintomas de difícil manejo e geralmente está associada a algum grau de incapacidade social e/ou profissional.

 

A abordagem diagnóstica ocorre ppor meio da avaliação clínica, sendo fundamental a realização de exames laboratoriais para excluir  possibilidade da existência de outra patologias que levam alterações no humor, tais como distúrbios da tireoide.

Esse é um dos diagnósticos mais difíceis da Psiquiatria, geralmente antes da conclusão os pacientes são taxados como portadores de Depressão, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ou até mesmo com Esquizofrenia.

 

A condição geralmente se manifesta no início da vida adulta, em que o paciente passam a apresentar episódios de mania/hipomania e depressão, intercalados por períodos de normalidade dos sintomas

 

Sintomas da Mania/ Hipomania

1. Euforia

2. Irritabilidade

3. Agressividade

4. Sintomas Psicóticos (Alucinações e Delírios )

5. Comportamento de risco, desinibido, expansivo

6. Pensamento acelerado

7. Insônia

8. Hipersxualidade

 

 

Sintomas Depressão

1. Humor deprimido

2. Apatia

3. Falta de interesse em exercer atividades que antes causavam prazer

4. Angustia

5. Ansiedade

6. Alteração no sono (hipersonia ou insônia)

7. Alterações no apetite (pode estar aumentado ou reduzido)

8. Ideação Suicida

9. Dificuldade de concetração e memória

10.  Negligência no autocuidado

 

 

Grandes celebridades conhecidas mundialmente já divulgaram por meio de entrevistas que são portadoras da Bipolaridade, entre elas Demi Lovato e Mariah Carey. A causa ainda é desconhecia, mas existem estudos relacionando fatores genéticos e socioambientais.